quarta-feira, 1 de julho de 2009

Morte? Futuro?

Neste sábado que passou, eu tive uma sensação estranha que só me passara uma vez antes na vida.
Certa vez, há alguns anos atrás, estávamos eu e minha mãe na casa da minha madrinha, em campo grande, apenas nós duas, pois minha madrinha tinha ido a algum lugar que não me vem a cabeça agora. Eu estava deitada e de repente comecei a sentir uma dor no peito esquerdo, muito forte, e dor no peito esquerdo costuma ser enfarto. Pois é, eu, uma menina de uns 12, 13 anos, enfartando! Ok, me veio a cabeça naquele momento que eu ia morrer, e aquela dor física se misturou com uma dor psicológica, e eu comecei a chorar nos braços da minha mãe dizendo que ia morrer e que não queria morrer. Assustei muito minha mãe, e como estávamos sozinhas, ela optou por voltar pra casa, naquela mesma hora. Chegamos em casa, eu ainda estável, não fui ao médico pois estava sem plano naquele momento (eu acho) e também porque já me sentia melhor, ou consideravelmente melhor, sem necessidade de visitar um médico. Cheguei em casa, ainda assustada, mas já sem dor, medimos minha pressão algumas vezes, não estava tudo tão bem, e tomei até remédios de pressão. Para as pessoas que estavam a minha volta, era, e é ainda meio engraçado eu achar que vou morrer do nada, mas pra mim não é. O que eu senti naquele dia foi algo muito forte, que foge do compreensivel por mim. Por mais que eu tenha ficado mais ou menos um dia inteiro mal e preocupada, passou, e esse episódio meio que ficou enterrado em mim por muito tempo, não por vergonha, ou algo do tipo, mais por esquecimento mesmo, e não que hoje eu seja velha, mas naquele tempo, eu era muito nova pra ficar lembrando disso sempre e tal. Nunca mais me veio a tal dor forte no peito, então, pude ter tranquilidade desde então. Pois bem, eis que este sábado agora, estávamos eu e minha mãe em casa, ajudei ela em alguns afazeres domésticos pela manhã até mais ou menos a tarde, e quando estávamos acabando comecei a sentir uma dor estranha na cabeça, que foi antecedida por duas tonteiras e, parecia que eu ia desmaiar. E a dor na cabeça não era uma dor qualquer, era uma pressão por toda a extensão da minha cabeça, que me transmitia um mal estar estupendo junto com um resquício de tontura e minha visão estava um tanto embaçada também, quando de repente me veio o mesmo pensamento daquele dia, que se passara a tanto tempo... "vou morrer"
Me desesperei, descobri que nada me assusta tanto quanto a morte. Me veio uma vontade muito grande de me despedir dos meus amigos, via internet mesmo, que ia ser a unica maneira, e de pedir desculpas a todos os meus erros a minha mãe e de abraçá-la, muito, durante muito tempo. Pois bem, ai bateu um desespero muito grande e eu comecei a chorar muito dizendo mais uma vez o quanto nao queria morrer. Minha mãe, óbvio, como qualquer pessoa normal, achou aquilo engraçado, mas pra mim, não estava tão engraçado. Eu estava um tanto desesperada, com um sentimento consideravel indescrítivel. Fiquei mais uma vez o dia inteiro com aquele medo, ainda mais porque na noite anterior eu havia sonhado que levava um tiro. Naquele momento eu orei muito a Deus, muito mesmo, pedindo pra que ele não deixasse que nada de ruim me acontecesse, e começando a pensar no meu futuro, no que eu realmente quero pra mim. Por mais que possa ter sido uma coisa da minha cabeça, um medo infantil, ou algo do tipo, aquilo me fez querer traçar muitos ideais de vida, que talvez sejam os ideais que vão me fazer pro resto da minha vida nesse mundo...

Um comentário:

Anônimo disse...

É prima.. esse medo todos nós temos! mas sinceramente.. prefiro ñ pensar na morte.. só quero q ñ seja dolorosa.. é mt triste a idéia de um dia ter q abandonar todos q vc ama.. td oq vc conquistou!
sl.. prefiro ñ pensar nisso :/